O ciúme entrou como um miasma pelas frestas da porta e invadiu tua sala, teu quarto, teus pulmões.
Seu odor acre ardeu dentro de ti e trouxe um gosto ruim à tua boca.
Mas o ciúme não te fez injetados os olhos, não afiou as tuas unhas nem reclamou o sangue que as traições cobram como tributo.
Pois o ciúme não se fez em ira.
O vinho não virou vinagre mas o ciúme, como um santo ao contrário, o transformou em água e foi como se um ar novo invadisse a casa e arejasse a tua alma e te deixasse em paz.
(Publicado originalmente em 08.01.2005, em konohito.blogger.com.br)
Um comentário:
Show!
Norton Ferreira.
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