Houve um tempo em que dei pra beber sozinho.
Nas noites de festa, ficava em casa, bebendo uísque com gelo e remoendo a minha solidão.
Ouvia músicas que me deixavam mais triste. A mesma música uma e duas e várias vezes, sem parar, enquanto lamentava minha falta de sorte com as mulheres, minha falta de sorte com o trabalho, minha incapacidade de simplesmente ter um rumo na vida.
Como veio, passou. E hoje não sei se foi por força minha ou se somente fui levado pela mão por um destino que já me arrastava pelos cantos há muito tempo.
Tendo a crer que fui salvo pelo amor.
Mais um amor irrealizado (como todos os outros), mas um amor que me tirou de um poço de autopiedade e me mostrou que os caminhos existem para serem trilhados. Mesmo quando vão dar em lugar nenhum.
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